É horário de aula, mas o que os alunos fazem é se arriscar em uma escola pública de Belo Horizonte. Eles deitam na janela, descem pelo cano, escalam a parede e se equilibram na ponta dos pés. Os vizinhos ficam assustados com tanta indisciplina. “Quando dá 7h, já começa a quebrar cadeira, chutar cadeira, bate na janela e quebra os vidros”, conta um vizinho. “É preciso ameaçar chamar a polícia para eles acalmarem um pouco”, diz a dona-de-casa Ana Maria Gonçalves. Em uma outra escola, quem tem liberdade para entrar e sair são os criminosos. O muro é baixo: tem pouco mais de um metro. Há facilidade também para passar entre as pilastras de concreto. Já são 38 boletins de ocorrência por invasões e roubos nos últimos quatro anos. Até as tampas das panelas da cantina foram roubadas.
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